Archive for the ‘Mensagens’ Category

Ceudeouro vai completar 4 anos no ar

27/08/2013

No próximo dia 28 de agosto de 2013 o blog Ceudeouro vai completar 4 anos que entrou no ar. Nasceu exatamente às 23:55hs do dia 28 de agosto de 2009, em Roma. Esta foi a história… pode ler.

A Festa de Santa Clara na comunidade de CAJUTUBA

25/07/2012

MENSAGEM DO PÁROCO –  Pe. Auricélio Paulino

Meus irmãos e irmãs, a paz e o amor de cristo estejam com vocês! 

 A Festa de Santa Clara na comunidade de CAJUTUBA – Rio Tapajós neste ano de 2012, de 04 a 11 de agosto, chega a sua 3ª edição. É o terceiro ano que a comunidade se reúne para glorificar e adorar a Deus tendo o testemunho de santidade de Clara de Assis como inspiração a celebração dos festejos.

 Santa Clara não mediu esforços, na sua época, para seguir a Cristo. Deixou tudo e focou a sua vida Naquele que é o Caminho, a Verdade e a Vida.

 Hoje somos convocados por Cristo a sermos seus discípulos/as missionários/as engajados e comprometidos na construção do Reino do Pai na realidade de vida na paróquia de Belterra.

 Na Festa da padroeira de uma das comunidades mais simples e encantadas no Tapajós, temos a graça de celebrar e meditar a partir da temática: SANTA CLARA, CONSERVAI NOSSA SAÚDE.”

 O grande desejo e oração será para termos uma saúde plena do corpo, do espírito e  do meio ambiente onde vivemos. Preservar nosso rio Tapajós é defender nossa Amazônia e garantir o bem estar e prosperidade a todos.

Em Cajutuba já iniciamos a edificar uma linda capela dedicada a Santa Clara e com a festa queremos dar continuidade a construção da igreja de pedra e fortificar a igreja povo de Deus.

 Parabéns a todos os membros da comunidade que participam e se envolvem na organização e realização da festa. Obrigado a todos os colaboradores e patrocinadores.

 Que Santa Clara ajude clarear nossa vida no seguimento a Cristo.

 Feliz Festa a você e sua família

Mensagem do dia 18

18/03/2012
Meu compromisso no dia de meu aniversário! Partilho com você.

Meu compromisso no dia de meu aniversário! Partilho com você.

O ‘complexo Deus’ da modernidade

18/07/2011
Leonardo Boff
Teólogo, filósofo e escritor
A crise atual não é apenas de escassez crescente de recursos e de serviços naturais. É fundamentalmente a crise de um tipo de civilização que colocou o ser humano como “senhor e dono” da natureza (Descartes). Esta, para ele, é sem espírito e sem propósito e por isso pode fazer com ela o que quiser.

Segundo o fundador do paradigma moderno da tecnociência, Francis Bacon, cabe ao ser humano torturá-la, como o fazem os esbirros da Inquisição, até que ela entregue todos os seus segredos. Desta atitude se derivou uma relação de agressão e de verdadeira guerra contra a natureza selvagem que devia ser dominada e “civilizada”. Surgiu também a projeção arrogante do ser humano como o “Deus” que tudo domina e organiza.

Devemos reconhecer que o Cristianismo ajudou a legitimar e a reforçar esta compreensão. O Gênesis diz claramente: “enchei a Terra e sujeitai-a e dominai sobre tudo o que vive e se move sobre ela” (1,28). Depois se afirma que o ser humano foi feito “à imagem e semelhança de Deus” (Gn 1,26). O sentido bíblico desta expressão é: o ser humano é lugar-tenente de Deus e como Este é o senhor do universo, o ser humano é senhor da Terra. Ele goza de uma dignidade que é só dele, o de estar acima dos demais seres. Dai se gerou o antropocentrismo, uma das causas da crise ecológica. Por fim, o estrito monoteísmo retirou o caráter sagrado de todas as coisas e o concentrou só em Deus. O mundo, não possuindo nada de sagrado, não precisa ser respeitado. Podemos moldá-lo ao nosso bel-prazer. A moderna civilização da tecnociência encheu todos os espaços com seus aparatos e pôde penetrar no coração da matéria, da vida e do universo. Tudo vinha envolto pela aura do “progresso”, uma espécie de resgate do paraíso das delícias, outrora perdido, mas agora reconstruído e oferecido a todos.

Esta visão gloriosa começou a ruir no século XX com as duas guerras mundiais e outras coloniais que vitimaram duzentos milhões de pessoas. Quando se perpetrou o maior ato terrorista da história, as bombas atômicas lançadas sobre o Japão pelo exército norte-americano, que matou milhares de pessoas e devastou a natureza, a humanidade levou um susto do qual não se refez até hoje. Com as armas atômicas, biológicas e químicas construídas depois, nos demos conta de que não precisamos de Deus para concretizar o Apocalipse.

Não somos Deus e querer ser “Deus” nos leva à loucura. A idéia do homem como “Deus” se transformou num pesadelo. Mas ele se esconde ainda atrás do “tina” (there is no alternative) neoliberal: “não há alternativa, este mundo é definitivo.” Ridículo. Demo-nos conta de que “o saber como poder” (Bacon) quando feito sem consciência e sem limites éticos, pode nos autodestruir. Que poder temos sobre a natureza? Quem domina um tsunami? Quem controla o vulcão chileno Puyehe? Quem freia a fúria das enchentes nas cidades serranas do Rio? Quem impede o efeito letal das partículas atômicas do urânio, do césio e de outras liberadas, pelas catástrofes de Chernobyl e de Fukushima? Como disse Heidegger em sua última entrevista ao Der Spiegel: ”só um Deus nos poderá salvar”.

Temos que nos aceitar como simples criaturas junto com todas as demais da comunidade de vida. Temos a mesma origem comum: o pó da Terra. Não somos a coroa da criação, mas um elo da corrente da vida, com uma diferença, a de sermos conscientes e com a missão de “guardar e de cuidar do jardim do Eden” (Gn 2,15), quer dizer, de manter a condições de sustentabilidade de todos os ecossistemas que compõem a Terra.

Se partimos da Bíblia para legitimar a dominação da Terra, temos que voltar a ela para aprender a respeitá-la e a cuidá-la. A Terra gerou a todos. Deus ordenou: “Que a Terra produza seres vivos, segundo sua espécie”(Gn 1,24). Ela, portanto, não é inerte, é geradora e é mãe. A aliança de Deus não é apenas com os seres humanos. Depois do tsunami do dilúvio, Deus refez a aliança “com a nossa descendência e com todos os seres vivos” (Gn 9,10). Sem eles, somos uma família desfalcada.

A história mostra que a arrogância de “ser Deus”, sem nunca poder sê-lo, só nos traz desgraças. Baste-nos ser simples criaturas com a missão de cuidar e respeitar a Mãe Terra.

Fonte: Adital

Ainda… Feliz Páscoa

27/04/2011

Na quarta-feira da Oitava da Páscoa….

Feliz Páscoa…

FELIZ PÁSCOA
Há dois mil anos atrás, um homem veio ao mundo disposto a ser o maior exemplo de amor e verdade que a humanidade conheceria.
Sua proposta de vida não foi entendida por muitos e, então, condenaram este homem e crucificaram-no, ignorando todos os seus propósitos de um mundo melhor.
Houve dor, angústia e escuridão.
Por três dias, o sol se recusou a brilhar, a lua se negou a iluminar a Terra, até que no terceiro dia algo aconteceu…
Houve a ressurreição!
A Páscoa existe para nos lembrar deste espetáculo inigualável chamado ressurreição!
Páscoa…
Ressurreição do sorriso…
Ressurreição da alegria de viver…
Ressurreição do amor…
Ressurreição da amizade…
Ressurreição da vontade de ser feliz!
Ressurreição dos sonhos, das lembranças e de uma verdade que está acima dos ovos de chocolate:
Cristo morreu, mas ressuscitou, e fez isso somente para nos ensinar a matar os nossos piores defeitos e ressuscitar as maiores virtudes sepultadas no íntimo de nossos corações.
Que esta seja a verdade da nossa Páscoa.Que este domingo seja muito bom,
E se possível, ao lado das pessoas que você quer bem.
A páscoa é a ressurreição de Cristo, é o seu renascimento.
Por isso nada melhor do que aproveitar este domingo para refletir.
Fazer o levantamento da vida para saber se é necessário recomeçar,
Porque, páscoa é isso, é o momento de renascer.
Seja para o novo modo de vida, para o amor, para amizade.
Enfim, se na sua vida existe algo que não está bom, porque não parar, recomeçar e renascer para a felicidade

Que o Cristo possa resssuscitar  em cada coração
Um grande abraço de Pascoa de Pe. Auricélio Paulino.

Colaborou com o texto: Pe. Emmanuel da prelazia de Óbidos. 

Como vai a vida?

23/01/2011

Aqui vou levando como Deus permite.Na paróquia de Belterra, muito trabalho na evangelização, como sempre…

Depois de realizar a 1a. Assembléia do Dizimo de 14 a 15 de janeiro, hoje, dia 23 – domingo, aconteceu a celebração da 1a. Eucaristia de 32 crianças, na igreja Matriz de Santo Antonio e a partir de domingo, dia 30 a paróquia estara realizando a Semana Catequética 2011, semana de estudos e formação missionária para os catequistas da mini-área do Tapajós, com 12 comunidades, que representa 1/4 da paróquia… O tema de estudo sera sobre a MISSAO DIOCESANA DE EVANGELIZAÇÃO… Com o tema: “O projeto de Deus é nossa Missão”.

Dia 12 e 13 o Bispo da diocese, Dom Esmeraldo Barreto de Farias, vai estar na paróquia para fazer celebrações de Crisma. Dia 12, 09h00: Maguary e 18h00: Belterra. Dia 13, 09h00: São Jorge e 16h00: Corpus Christi.

Minha mãe, dona Maria Paulino, continua bastante doente… Ore por Ela.

Um grande abraço de muitas saudades e que Deus lhes abençõem.

 

Carmine Vitiello direto da Itália

07/01/2011

Carmine Vitiello 31 de dezembro de 2010 às 09:52

Vi auguro un anno pieno di pace salute e ricchezza spirituale …
Ke questo anno nuovo vi porti tante energie per poter adempiere alla vostra missione di pace …
Auguri di buona fine e di buone principio dalla famiglia Vitiello…

Buon 2011 !!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!

 

Thompson Mota no ar

07/01/2011

Amigo é uma palavra fácil de pronunciar, porém,
difícil de se encontrar. Todo mundo quer ter um
grande amigo, no entanto, são poucos os que
querem ser amigos. Pense nisso!
Um forte abraço e excelente final de semana.

Do amigo Thompson Mota

De João Silva, nosso amigo e leitor do BLOG

06/01/2011

Belterra, minha terra natal, não é a mesma depois da chegada de Padre Auricélio para assumir a igreja na condição de pároco da paróquia de Santo Antonio de Pádua. A alegria aparente nas pessoas, especialmente a comunidade católica, é impressionante. Na igreja Matriz de Santo Antonio, onde por algumas vezes freqüentei, eram irmãos sem esperança e sem alegria, onde uma vez fui chamado pra dar um depoimento e cobrei da assembléia uma freqüência mais maciça. Hoje, a realidade é outra; os acolhedores, os animadores, os salmistas, os leitores e os cantores, fazem tudo com muita alegria e dedicação. Tudo isso por que tem à frente um sacerdote devotado e vocacionado como Padre Auricélio Paulino.
É uma honra ser amigo de Pe. Auricélio.
Agradeço de coração as vezes que fui convidado para celebrar a palavra de Deus na minha querida Belterra.
Tenha um bom e abençoado 2011.

Abraços.

João Silva
Nascido em Belterra em 21/10/1943.
Batizado por frei Junipero Freitaz em 31/01/1944.

Minha Mãe

06/01/2011

Desculpem!!!

Por causa do Natal, Festas de Ano Novo e outras coisas, como…

A doença de minha querida MAE que ainda continua internada do Hospital Municipal…

O Blog nunca mas tinha sido atualizado.

Todavia, desejo a todos um FELIZ ANO NOVO de 2011 com muitas PROSPERIDADESBençãos DE DEUS.

Reflexões de Bento XVI sobre Nossa Senhora das Dores.

15/09/2010

Aproveitemos a ocasião do dia de Nossa Senhora das Dores para repercorrer algumas reflexões do Papa Bento XVI sobre Nossa Senhora das Dores.

Aos pés da Cruz, diante de Jesus, Maria une a sua dor à de seu Filho e nos mostra que o amor de Deus é mais forte do que a morte. A sua dor é uma “dor cheia de fé e de amor” – ressalta Bento XVI:

“A Virgem no Calvário participa da potência salvífica da dor de Cristo, unindo o seu “fiat”, o seu “sim”, ao do Filho.” (Angelus de 17 de setembro de 2006)

Diante do sofrimento do Filho, Maria confia em Deus. Sabe que na Cruz Jesus derramou todo o seu sangue para libertar a humanidade da escravidão do pecado:

“A Virgem Maria, que acreditou na Palavra do Senhor, não perdeu a sua fé em Deus quando viu o seu Filho rejeitado, ultrajado e colocado na Cruz. Permaneceu diante d’Ele, sofrendo e rezando, até o fim. E viu o alvorecer radioso da sua Ressurreição.” (Angelus de 13 de setembro de 2009)

Maria nos ensina que “quanto mais o homem se aproxima de Deus, mais se aproxima dos homens” – observa o pontífice. O fato de Maria, na hora da Cruz, ter permanecido “totalmente junto a Deus, é a razão pela qual se faz também tão próxima dos homens”:

Por isso pode ser a Mãe de toda consolação e de toda ajuda, uma Mãe à qual em qualquer necessidade qualquer um pode dirigir-se em sua fraqueza e em seu pecado, porque ela acolhe todos e para todos é força aberta da bondade criativa.” (Santa Missa de 8 de dezembro de 2005)

O Santo Padre convida-nos a contemplarmos Maria, aos pés da Cruz, “associada intimamente à missão de Cristo e co-participante da obra de salvação com a sua dor de Mãe”:

“No Calvário Jesus a doou a nós como mãe e confiou-nos a ela como filhos. Que Nossa Senhora das Dores nos conceda o dom de seguir o seu Filho divino crucificado, e abraçar com serenidade as dificuldades e as provações da existência humana.” (Discurso às monjas clarissas, 15 de setembro de 2007)

Hoje é o dia de Nossa Senhora das Dores

15/09/2010

NOSSA SENHORA DAS DORES é a Padroeira da Vila Balneária de Aramanaí. Comunidade que faz parte da Paróquia Santo Antonio de Padua em Belterra.

Pe. Auricélio Paulino da Silva

O culto à Mater Dolorosa iniciou-se em 1221, no Mosteiro de Schönau, na Germânia. Em 1239, a sua veneração no dia 15 de Setembro teve início em Florença, na Itália, pela Ordem dos Servos de Maria (Ordem Servita). Deve o seu nome às Sete Dores da Virgem Maria, correspondentes a outros tantos episódios narrados pelo Evangelho. As sete dores são…

  1. As profecias de Simeão sobre Jesus (Lucas, 2, 34-35)
  2. A fuga da Sagrada Família para o Egito (Mateus, 2, 13-21);
  3. O desaparecimento do Menino Jesus durante três dias em Jerusalém (Lucas, 2, 41-51);
  4. O encontro de Maria e Jesus a caminho do Calvário (Lucas, 23, 27-31);
  5. Maria observando o sofrimento e morte de Jesus na Cruz (João, 19, 25-27);
  6. Maria recebe o corpo do filho tirado da Cruz (Mateus, 27, 55-61);
  7. Maria observa o corpo do filho a ser depositado no Santo Sepulcro (Lucas, 23, 55-56);

Hoje, na festa de Aramanai, portanto, somos convidados a meditar estes episódios mais importantes que os evangelhos nos apresentam sobre a participação de Maria na paixão, morte e ressurreição de Jesus.

Foi o Papa Pio X que fixou a data definitiva de 15 de Setembro, conservada no novo calendário litúrgico, que mudou o título da festa, reduzida a simples memória: não mais Sete Dores de Maria, mas menos especificadamente e mais oportunamente: Virgem Maria Dolorosa. Com este título nós honramos a dor de Maria aceita na redenção mediante a cruz. É junto à Cruz que a Mãe de Jesus crucificado torna-se a nossa mãe, a Mãe do corpo místico nascido da Cruz, isto é, nós que somos nascidos, enquanto cristãos, do mútuo amor sacrifical e sofredor de Jesus e Maria. Eis porque hoje, dos dias 11 a 18 de setembro de 2010, em Aramanaí, se oferece à nossa devota e afetuosa meditação a dor de Maria. Mãe de Deus e nossa Mãe.

Vamos nós, cristãos, pedir auxílio à Rainha Nossa Senhora das Dores, para que nos mantenha afastados do pecado, e nos dê força, auxílio e paciência para levarmos a nossa Cruz. E que Maria das Dores nos ajude em nossa vida a não servir a dois senhores, mas somente ao nosso Deus pai todo poderoso, que ama os pobres.

As Promessas aos devotos de Nossa Senhora das Dores

Santa Brígida diz-nos, nas suas revelações aprovadas pela Igreja Católica, que Nossa Senhora lhe prometeu conceder sete graças a quem rezar cada dia, sete Ave-Marias em honra de suas principais “Sete dores” e Lágrimas, meditando sobre as mesmas.

Eis as promessas:

1ª – Porei a paz em suas famílias.

2ª – Serão iluminados sobre os Divinos Mistérios.

3ª – Consolá-los-ei em suas penas e acompanhá-los-ei nos seus trabalhos.

4ª – Conceder-lhes-ei tudo o que me pedirem, contanto que não se oponha à vontade de meu adorável Divino Filho e à santificação de suas almas.

5ª – Defendê-los-ei nos combates espirituais contra o inimigo infernal e protegê-los-ei em todos os instantes da vida.

6ª – Assistir-lhes-ei visivelmente no momento da morte e verão o rosto de Sua Mãe Santíssima.

7ª – Obtive de Meu Filho que, os que propagarem esta devoção (às minhas Lágrimas e Dores) sejam transladados desta vida terrena à felicidade eterna, diretamente, pois lhe serão apagados todos os seus pecados e o Meu filho e Eu seremos a sua eterna consolação e alegria.

Santo Afonso de Ligório nos diz que Nosso Senhor Jesus Cristo prometeu, aos devotos de Nossa Senhora das Dores as seguintes graças:

Eis as Graças:

1ª – Que aquele devoto que invocar a divina Mãe pelos merecimentos de suas dores merecerá fazer antes de sua morte, verdadeira penitência de todos os seus pecados.

2ª – Nosso Senhor Jesus Cristo imprimirá nos seus corações a memória de Sua Paixão dando-lhes depois um competente prêmio no Céu.

3ª – Jesus Cristo guardá-los-á em todas as tribulações em que se acharem, especialmente na hora da morte.

4ª – Por fim os deixará nas mãos de sua Mãe para que deles disponha a seu agrado, e lhes obtenha todos e quaisquer favores.

Assim, a Igreja reza a Maria neste dia, pois celebramos sua compaixão, piedade; suas sete dores cujo ponto mais alto se deu no momento da crucifixão de Jesus. Esta devoção deve-se muito à missão dos Servitas – religiosos da Companhia de Maria Dolorosa – e sua entrada na Liturgia aconteceu pelo Papa Bento XIII.

Nós, como Igreja, não recordamos as dores de Nossa Senhora somente pelo sofrimento em si, mas sim, porque também, pelas dores oferecidas, a Santíssima Virgem participou ativamente da Redenção de Cristo. Desta forma, Maria, imagem da Igreja, está nos apontando para uma Nova Vida, que não significa ausência de sofrimentos, mas sim, oblação de si para uma civilização do Amor.

Nossa Senhora das Dores, rogai por nós!

Família Igreja Doméstica, lugar seguro para viver o Amor

14/09/2010

Palestra proferida por Pe. Auricélio Paulino da Silva

Querido Dom Esmeraldo Barreto de Farias, bispo de Santarém, caríssimo  Dom Erwin Krautler,   bispo do Xingú , Dom Carpistrano, bispo de Itaituba, Dom Bernardo bispo de  Óbidos  prezado Pe. Luiz Antonio Bento, assessor nacional da Comissão  Vida e Família da CNBB, caro Pe. Antonio Jorge, assistente espiritual da Pastoral Familiar, querida Maria de Fátima  e Airton Barros coordenadores da Pastoral Familiar do Regional Norte 2, queridos coordenadores diocesanos Braz e Nelcia e demais coordenadores prelatícios da Pastoral Familiar, caríssimas  delegações  das prelazias de Óbidos, Itaituba e Xingú e da diocese de Santarém, meus amados e amadas.

O tema central deste 1º. Congresso da Pastoral Familiar do Oeste do Pará é: Família Igreja doméstica, lugar seguro para viver o amor. Vamos repetir juntos… Família Igreja doméstica, lugar seguro para viver o amor.

Quero iniciar, sobremaneira, tentando dar uma definição para cada termo chave deste tema: a “Família”, a “Igreja doméstica”, o “Lugar seguro” e o “Viver o amor”.

1. A Família: A Família é o lugar ontológico, o lugar do ser, mais importante e fundamental da vida da pessoa. Do nascimento ao crescimento, do desenvolvimento à vivência cotidiana, a família é presença marcante em todos os aspectos de vida da pessoa criada à imagem e semelhança de Deus. O livro do Gênese afirma que “Deus criou o homem à sua imagem; à imagem de Deus ele o criou; e os criou homem e mulher. E Deus os abençoou e lhes disse: “Sejam fecundos, multipliquem-se, encham e submetam a terra; dominem os peixes do mar, as aves do céu e todos os seres vivos que rastejam sobre a terra”.(Gen 1, 27-28). Ao aproximar reciprocamente homem e mulher, Deus demonstrou possuir um plano, um projeto de realização do ser humano, através de uma união sólida, objetivos comuns e uma relação de amor: a Família. O próprio Deus escolheu uma família para habitar e se encarnar no meio do povo. “Jesus desceu então com seus pais para Nazaré, e permaneceu obediente a eles. E sua mãe conservava no coração todas essas coisas. E Jesus crescia em sabedoria, em estatura e graça, diante de Deus e dos homens.” (Lc 2, 51-52) A Família de Nazaré é o modelo da qual devemos seguir.

2. A Igreja doméstica: A Família é chamada, no Concílio Ecumênico Vaticano II, de “Igreja doméstica”. No documento “Lumen Gentium” (nº11) esta escrito que: “Deste consórcio procede a família, onde nascem os novos cidadãos da sociedade humana, que pela graça do Espírito Santo se tornam filhos de Deus no batismo, para que o Povo de Deus se perpetue no decurso dos tempos”. A encíclica Familiaris Consortio retoma esta expressão, Igreja doméstica, tão querida a João Paulo II, onde afirma que “a família constitui o lugar natural e o instrumento mais eficaz de humanização e de personalização da sociedade: ela colabora de maneira original e profunda na construção do mundo, tornando possível uma vida propriamente humana…” (Familiaris consortio, 43). A Família fundada em Jesus Cristo, a pedra angular, é uma igreja feita à moda da casa, é uma pequena igreja, é uma igreja doméstica.

3. Lugar seguro: Um porto seguro para viver todos nos procuramos. Um lugar longe das tempestades sem abrigo e aconchego, dos infortúnios que os percalços da vida estabelecem todos nós precisamos. A Família é o nosso porto seguro, é o melhor lugar seguro para nascer, crescer e se desenvolver. Interessante, Deus nos ama tanto que nos fez nascer numa família, pois sabia que sozinhos nada seríamos, não seríamos nada mesmo. É possível viver, sozinhos? Claro que não! Para viver precisamos dos outros. E estes outros em nossa vida quem são? São os membros de nossa família. A família é o nosso porto seguro, onde podemos ser nós mesmos e encontrar apoio nas dificuldades de nossa vida. Se, por acaso, não conseguimos traçar um ideal de vida, maior do que nós, a família estar sempre pronta para nos segurar e sustentar. A família faz ser segura a própria vida, pois é onde se encontram auxílios para crescer e se desenvolver como pessoa e como cristão.

4. Viver o amor: Deus criou o homem à sua imagem e semelhança: chamando-o à existência por amor, chamou-o ao mesmo tempo ao amor. Deus é amor e vive em si mesmo um mistério de comunhão pessoal de amor. Criando-a à sua imagem e conservando-a continuamente no ser, Deus inscreve na humanidade do homem e da mulher a vocação, e, assim, a capacidade e a responsabilidade do amor e da comunhão. O amor é, portanto, a fundamental e originária vocação do ser humano. O amor é a vocação fundamental e existencial da família. A família é chamada constantemente por Deus a viver o amor. Melhor dizendo, a família é o berço natural do amor. “Deus é amor, e quem permanece no amor permanece em Deus e Deus nele” (1 Jo 4, 16). Uma família que aprendeu viver o amor vive e permanece em Deus.

Depois desta tentativa de definição, vamos procurar percorrer as linhas e as entrelinhas deste tema que nos arrebatará durante este congresso a encarar e assumir uma Pastoral Familiar como vivência de fé e vida conjunta.

5. Família Igreja Doméstica: Importantes e abundantes documentos da Igreja dão especial importância à comunidade familiar, a quem chamam de Igreja Doméstica, sede de formação de corpos, de almas e idéias, verdadeira escola do mais rico humanismo, e por onde nasce e se irradia a estabilidade e o destino do homem e da sociedade. Nesse contexto, a expressão Igreja Doméstica nos remete à idéia de um grupo de pessoas, a partir do casal, consagrado pelo sacramento do Matrimônio, que busca viver em seu lar aquele amor que emana de Deus, e que tanto o alegra. Se considerarmos igreja como casa de Deus e, ao mesmo tempo, como comunidade, compreenderemos que Igreja Doméstica é aquele lugar privilegiado onde as pessoas vivem uma comum-união, no amor e na participação. Enfim, um lugar onde o Cristo tenha sido convidado, se sentido bem e ficado para morar…

Da grande experiência de minha própria família cearense, que veio morar nas terras em torno de Mojui dos Campos, a minha irmã Eronildes da Silva, mais conhecida como Mocinha, a dona Mocinha é que nos oferece o seu próprio testemunho de Família Igreja Doméstica, da qual aprendemos a viver com minha mãe Maria e meu pai Francisco Paulino. E a minha sobrinha Jaqueline Paulino que já é um fruto desta igreja comunhão trinitária familiar.

Meus pais nos ensinaram que a realidade familiar é construída pela acolhida e por um amor profundo que nos levou a uma educação que nos abriu progressivamente a uma descoberta do dom da vida, chamados a atingir gradativamente uma autonomia própria. Papai e mamãe são como jardineiros (oferecem as condições) e nos os filhos somos como as plantas (que crescemos a partir das próprias raízes, tronco, galhos e folhas) e que há nosso tempo deveremos produzir frutos. Nosso processo educativo nos fundamentou na busca dos valores e princípios que nos ajudaram a sermos livres, responsáveis, de modo que seus ensinamentos nos abriram para o dom da fé e este processo pedagógico até hoje esta sendo correspondido com convicções brotadas de uma experiência pessoal com Deus, de um em encontro pessoal com Jesus Cristo. Assim, nossos pais nos ensinaram a sermos discípulos missionários de Cristo caminho, verdade e vida.

Igreja Doméstica, portanto, nada mais é que uma comunidade de pessoas de fé, esperança e amor, reunidas em nome de Deus, que celebra diariamente um culto à vida e ao amor recíproco, louvando a Deus, pelo amor de Cristo que os reuniu. Como “pequena Igreja”, a família cristã, à semelhança da “grande Igreja”, é chamada a ser sinal de unidade para o mundo e a exercer, deste modo, seu papel profético, testemunhando o Reino e a paz de Cristo.

Assim, o lar da família, seja uma choupana, uma casa modesta ou um luxuoso apartamento, torna-se Igreja Doméstica na medida em que seus membros se amam e transformam esse amor sacramento – sinal – para o mundo.  O vocábulo lar deriva, no latim, de lare que quer dizer fogão, lugar de calor, daí lareira.  O lar da família é o lugar onde o calor dos corações que se amam serve de lareira para todos.

6. Lugar seguro para viver o Amor: uma família onde Cristo seja o modelo de entrega é capaz de afirmar, com sua unidade, que infidelidades, separações, divórcio e as desordens daí decorrentes, têm nos verdadeiros lares um terreno árido onde dificilmente se expandirão, porque sua construção é sólida e, se de um lado há a limitação e a fragilidade humana, de outro, compondo o vértice superior do triângulo, está aquele terceiro coração, Cristo, que ensina aos casais, aos filhos e às famílias, o caminho para se tornarem modelo e testemunho, como a Sagrada Família de Nazaré.

Somente fundamentada em Cristo a família será um lugar seguro para viver o Amor. E para viver neste lugar seguro precisa ser alimentado com o testemunho de diálogo, oração, eucaristia, partilha de angústias e expectativas. Um lar seguro, uma família segura, torna maduras as pessoas, e a maturidade é a complementação humana, no terreno psicológico, que vai estabilizar a convivência, tornando a família aberta aos dons da fé, do amor e da esperança, copiosamente derramados sobre os que dedicam suas vidas a serviço do amor.

Para dar um testemunho sobre este lugar seguro para viver o Amor, temos aqui a presença do Sr. Antônio Mendes e a Srta. Eliane Brito Mendes, pai e filha, catequista da comunidade de Corpus Christi, no Km 135 da BR-163, Santarém-Cuiabá, na paróquia de Belterra, diocese de Santarém.

Os filhos, em geral, sentindo o calor da participação e da solidariedade em sua casa, sentem-se bem seguro nela, trazem amigos e colegas para conviver e desfrutar esses momentos de paz, como o caminheiro que se sente reanimado ao encontrar uma fonte.  Esse ambiente seguro, pela graças a Deus, as famílias cristãs sentem e desfrutam em sua casa.

Infelizmente sei que há gente que foge de casa indo para a rua. Imaginem como deve ser o ambiente nesse “lar”? Será que è um lugar seguro para viver o amor? Há os que, tendo um ambiente amoroso em casa, vivendo e sentindo o calor do lar (lareira, lembram a expressão?), fogem das coisas da rua, dos antivalores do mundo, vindo para o aconchego de sua casa.  Como a Igreja, a família é refúgio para todos, especialmente para os cansados e oprimidos (cf. Mt 11, 28).

7. Chegando a conclusão: da importância  da família como igreja doméstica, que é  um lugar seguro para viver o amor, quero sublinhar que a devoção a filial a Maria, mãe de Jesus, é algo igualmente importante. Foi ela que, naquele casamento, em Caná da Galiléia, pressentiu que a falta de vinho ia estragar a festa dos noivos. Sua intuição de mãe sugeriu ao filho que auxiliasse o casal imprevidente. Embora afirmando que sua hora ainda não havia chegado, Jesus transformou água em vinho, restituindo a alegria para aquele casamento. Esse foi o primeiro milagre de Jesus, e os discípulos creram nele (cf. Jo 2, 1-11). Isso serve para vermos a intervenção de Jesus, a pedido de Maria, quando num casamento o vinho da alegria acaba, ou se transforma no ácido vinagre do egoísmo.

Com Maria e Jesus morando em nossa Igreja Doméstica, sempre é possível repetir o milagre, fazendo com que o individualismo, a dificuldade em pedir perdão, a intolerância, que dividem e bloqueiam, dêem lugar ao vinho novo do amor renovado, mais gostoso, abundante, guardado para o fim da festa, para convidados especiais. Para essas providências, é indispensável a presença de Cristo, como o telhado que protege e a rocha que firma os fundamentos de nosso lar.

Sobre a importância de Deus na vida humana, como o mentor do lugar seguro para viver o amor, assim se manifestou o salmista: “Se o Senhor não construir a casa, em vão trabalham os operários; se ele não cuidar da cidade, debalde vigiam as sentinelas” (Sl 127,1)

Hoje os jovens são arredios ao Matrimônio por que a sociedade prega o des-compromisso, o egoísmo e o individualismo. Alguns que casam o fazem olhando de soslaio a porta da saída, chamada divórcio. Os casais mais antigos, cujos casamentos duravam mais (“até que a morte nos separe”) porque faziam força para que a união desse certo, e não se dispunham a capitular ao primeiro contratempo.

Nos cursos e encontros que temos participado e ministrado na paróquia de Belterra, tanto para noivos, como casais jovens ou casados há tempo, sempre concluímos nossa exposição sobre Igreja Doméstica, Lugar seguro para viver o Amor, afirmando não se tratar apenas de uma postura beata, piegas, alienada ou romântica. Mas de uma postura de igreja doméstica que estar dentro de uma efetiva e eficaz pastoral de conjunto, inclusive com outras famílias e até vivendo nas CEBs, luta pela defesa da Amazônia, seus povos e sua biodiversidade sendo profetisa na defesa da vida e do meio-ambiente e tem um espírito de evangelização e formação missionárias segundo os passos do mestre Cristo Jesus.

Trazendo Deus conosco, à medida que o tempo avança, quanto mais passam os anos, mais vão sendo eliminadas as arestas, mais compreensão e doação vão acontecendo. Isso, claro, para quem, construindo uma casa sobre a rocha, que é Cristo, soube transformar uma simples casa, em Igreja Doméstica. Que sabe comunicar com amor a verdade da vida, e EVANGELIZAR a partir do encontro com Jesus Cristo, como discípulos missionários, à luz da evangélica opção preferencial pelos pobres, proclamando e testemunhando a Boa Nova, lutando pela preservação da natureza e pelos direitos dos povos na Amazônia, promovendo a dignidade da pessoa, renovando a comunidade, participando na construção de uma sociedade justa e solidária, “para que todos tenham vida e a tenham em abundância” (Jo 10,10).

A família enquanto célula da sociedade é, por desejo de Deus, chamada a ser uma célula eclesial, uma igreja doméstica, uma igreja de casa, uma casa que se torna uma pequena igreja. É assim que a Igreja será uma grande família: se as famílias forem realmente igrejas; igrejas vivas, atuantes, fermentadas pelo amor traduzido em comunhão, celebrando e cultivando a vida, acolhendo o mistério da Trindade-Comunidade para irradiá-lo no testemunho ao mesmo tempo humilde e corajosamente generoso.

Com Deus em nossa casa, se pode concluir que, se um dia tivemos problemas em nossa vida matrimonial, problemas no relacionamento entre os irmãos e cunhados, etc… Isso foi graças a nós, e se hoje somos felizes e nos sentimos realizados, é graças a Deus. Aí se poderá afirmar como disse, surpreso, o “mestre-sala” naquela festa em Caná: “… vocês guardaram o melhor vinho até o fim…” (cf. Jo 2, 10).

1o. Congresso da Pastoral Familiar do Oeste do Pará

14/09/2010

Será  publicado ainda hoje a palestra que Pe. Auricélio Paulino proferiu na sexta-feira, dia 10 de setembro, durante a abertura do 1o. Congresso da Pastoral Familiar do oeste do Pará que aconteceu em Santarém.

Hoje é dia da Santa Cruz

14/09/2010

Exaltação da Santa Cruz
– Exaltamos a Santa cruz rezando:
Em nome do Pai, e do Filho e do Espírito Santo. Amém.

– A todos nós, a paz de Deus, nosso Pai,
a graça e a alegria de Nosso Senhor Jesus Cristo,
no amor e na comunhão do Espírito Santo.
– Bendito seja Deus que nos reuniu no amor de Cristo!
Preparamo-nos para a Leitura, rezando, com todos os internautas:
Jesus Mestre, que dissestes:
“Onde dois ou mais estiverem reunidos em meu nome,
eu aí estarei no meio deles”,
ficai conosco, aqui reunidos (pela grande rede da internet),
para melhor meditar e comungar com a vossa Palavra.
Sois o Mestre e a Verdade:
iluminai-nos, para que melhor compreendamos
as Sagradas Escrituras.
Sois o Guia e o Caminho:
fazei-nos dóceis ao vosso seguimento.
Sois a Vida:
transformai nosso coração em terra boa,
onde a Palavra de Deus produza frutos
abundantes de santidade e missão.
(Bv. Alberione)

São Raimundo Nonato, o santo não nato

31/08/2010

Dia 31 grande Festa…

Festa de São Raimundo Nonato e dos nossos

amigos Raimundo não natos…

Feliz Aniversário

29/08/2010

Hoje é a FESTA de UM ano do Aniversàrio do BLOG CEUDEOURO....

Ou melhor,  foi ontem…

Mas, ontem o signatário do blog estava visitando pastoralmente as comunidades do interior da paróquia de Belterra.

Parabéns a voce que faz parte a um ano deste blog.

Primeiro ano do Blog

23/08/2010

Dia 28 de agosto de 2010 o Blog CEUDEOURO vai completar o primeiro ano no ar…

Participe da festa.

E depois da Copa do Mundo

13/07/2010

Terminou a copa do mundo Os campeões têm direito a festejar, pela proeza de terem chegado vitoriosos ao final.

Mas todos podemos ter motivos de alegria, pelos valores positivos que apresentou esta copa do mundo, a primeira a se realizar no continente africano. O mundo tem uma grande dívida com a África.

É muito provável que ela tenha sido o berço da humanidade. Já isto seria motivo de olhar com respeito para a África. Mas nos séculos recentes, a África foi terrivelmente explorada, sobretudo pelas nações européias, que dividiram entre si os territórios africanos, para subjugá-los como colônias, postas a serviço dos interesses dos países dominadores.

Ainda hoje a África paga o pesado preço de ter sido espoliada pela Europa. As próprias fronteiras entre os atuais países africanos, impostas pelo processo colonizador, muitas vezes não correspondem às divisas entre povos e culturas diferentes. Este fato estimulou muitos atritos, que às vezes degeneraram em guerras fratricidas. Tudo porque forçaram populações homogêneas a se separarem, obrigando-as a conviveram com outras de culturas diferentes.

E assim daria para lembrar tantas injustiças cometidas contra a África, da qual se procurou explorar a força humana pela imposição da escravidão, e roubar suas riquezas, deixando para trás rastros de pobreza e de miséria.

Neste sentido, valeu a realização da copa do mundo na África do Sul, palco de descriminação racial por longo tempo, cujas consequências ainda permanecem em grande parte.

Se houvesse um vencedor a ser designado pelos objetivos de reparação de injustiças e de reconhecimento da dignidade dos contendores, este vencedor seria, sem dúvida, o povo africano.

Independente do campeão, quem merece nossa admiração e nosso apoio é o povo sofrido da África, que tem todo o direito de definir sua vida e traçar o seu futuro. Levantemos a taça, como brinde para o povo africano!

Fonte: Dom Demetrio Valentini

MAIO, MÊS DE MARIA

20/05/2010

Olá Pe. Auricélio Paulino.

Saudações do teu grande amigo Luís, vejo que está tudo de bem contigo, andas feliz e cheio de vida, o que é muito mesmo, muito bom, a todos os teus paroquianos deixo uma mensagem, que te guardem, ajudem, e sejam todos felizes com a ajuda da nossa querida mãe MARIA.

O mês de Maio é dedicado a Maria. Trata-se de uma antiga tradição popular, que foi assumida pela Igreja, homenageando a pessoa da Mãe de Jesus. Ela merece dos cristãos, um carinho todo especial pelo seu importante papel na história da salvação. Deus a escolheu para ser a mãe do Salvador, planificou-a com sua graça, por isso proclamamos “Avé-maria, cheia de graça, o Senhor é convosco”. Para todos nós, ela é modelo de fé e de oração, de contemplação do mistério divino. É a mulher obediente à Palavra de Deus, de quem Isabel testemunhou: “Bem-aventurada a que acreditou, porque se há-de cumprir as coisas que da parte do Senhor te foram ditas”. (Lc 1, 45) É modelo de amor e doação, que se põe a caminho para servir a prima Isabel, que está a serviço e preocupada com os noivos nas Bodas de Caná. É a mãe terna que ampara e protege seus filhos e sempre nos aconselha para que sejamos fiéis a Jesus: “Fazei tudo o que Ele vos disser”. (Jo2,5)
O carinho do povo por Maria faz com que ela seja louvada de diferentes maneiras, com diversos títulos. É o cumprimento da profecia que fez em seu cântico do Magnificat: “Todas as gerações me chamarão bem-aventurada.” (Lc 1, 48) O importante é que esse amor não se reduza a devocionismos ou meras celebrações festivas, mas se concretize na vivência do evangelho de seu Filho Divino. A verdadeira devoção a Maria se manifesta na imitação de suas virtudes, praticando os ensinamentos de Jesus. A verdadeira devoção, também, reconhece que Maria é importante, mas é a segunda no plano da salvação. O primeiro lugar pertence a Jesus. Ressalte-se, também, que Maria é uma mulher que viveu plenamente a sua feminilidade. Muitas vezes os louvores que lhe tributamos parecem ofuscarem esta verdade: ela é uma mulher simples, humilde, divina na vida do povo. Mulher pobre, da periferia, que viveu a migração e a exclusão. Mãe zelosa, que cuidou de Jesus com afecto e
dedicação, trocando suas fraldas, ajudando-o a dar os primeiros passos, cuidando de sua roupa e alimentação, ensinando as lições da vida, enfim, fazendo o mesmo que nossas mães fazem. Mulher forte aos pés da cruz e ao receber em seus braços só corpo e sangue de seu Filho querido. Ela nos convida a rezar e a louvar: “Minha alma glorifica o Senhor e exulta meu espírito em Deus meu Salvador”. (Lc 1, 46-47) Mas também nos convida a empenhar na luta pela justiça, pela construção de um mundo novo, numa clara opção pelos pobres e marginalizados, os seus filhos predilectos. Pois no seu cântico nos recorda de que lado Deus e ela estão: “Derruba do trono os poderosos e eleva os humildes; aos famintos enche de bens, e despede os ricos de mãos vazias”. (Lc1,52-53) Maria é muito importante na vida de Jesus e deve ser também em nossa vida. Ela é a cristã autêntica, comprometida com o Reino de Deus, sempre dócil e obediente à vontade do Senhor. Modelo de Igreja,
modelo para todos os cristãos. Muitos já falaram das maravilhas espirituais de Maria. É preciso, também, que lembremos suas outras dimensões. O fundamental é proclamá-la mãe de Deus, da Igreja e de toda a humanidade. Proclamá-la como imaculada, pura, santa, mas também como pessoa forte, corajosa, que assumiu plenamente seu papel de mulher e de mãe. Quando falamos de Maria como modelo, há o perigo de vê-la longínqua, ou ao menos fora de nós, como vemos os nossos heróis. Na verdade, Maria é parte essencial da Igreja. Podemos dizer que a Igreja está dentro de Maria e Maria está dentro da Igreja. Essa verdade foi acentuada, sobretudo, pelo Papa João Paulo II na encíclica Redemptoris Mater, que leva o sugestivo título: A Bem-aventurada Virgem Maria na vida da Igreja que está a caminho: “Existe uma correspondência singular entre o momento da Encarnação do Verbo e o momento do nascimento da Igreja. E a pessoa que une esses dois momentos é Maria: Maria em Nazaré
e Maria no Cenáculo de Jerusalém” (n. 24). Depois de acentuar Maria no centro da vida da Igreja, conclui o Papa: “A Virgem Maria está constantemente presente na caminhada de fé do Povo de Deus” (n. 35). “A Igreja mantém em toda a sua vida, uma ligação com a Mãe de Deus que abraça, no mistério salvífico, o passado, o presente e o futuro; e venera-a como Mãe da humanidade” (n. 47).
Para ti, com muito amor e esperança, deste teu humilde filho,

Luís Querido – Fátima em Portugal